FIBROSE: pós lipoaspiração

A preocupação com a aparência física fez com que expandisse a procura por cirurgias plástica. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o Brasil é o país vice-campeão em cirurgias plásticas no mundo. A lipoaspiração chama a atenção por ser capaz de retirar uma grande quantidade de gordura, porém por ser uma técnica invasiva, representa uma agressão ao corpo, ou seja, quanto maior for a quantidade de gordura retirada maior a resposta do corpo para reparar essa lesão.

Muitas são as manifestações clínicas que decorrem do pós-operatório dessa cirurgia. Dor, edema, hematomas são os sinais característicos da inflamação inicial. Entretanto vêm sido descritas outras complicações como: seromas, infecções, fibroses, aderências, hiperpigmentação cutânea, embolia gordurosa, depressões, perfuração abdominal, necrose e complicações vasculares.

Uma das complicações mais frequentes no pós-operatório de lipoaspiração no consultório é a FIBROSE. Muitas pacientes vêm reclamando de irregularidades, depressões no tecido, aparência de "celulite" que podem começar geralmente a partir do sétimo dia até 2 anos de pós operatório (P.O). Estas fibroses aparecem sobre a forma de placas duras e altera a mobilidade tecidual e o contorno corporal.

A forma mais eficaz de prevenir a evolução da fibrose é a redução rápida do edema, por isso a importância de iniciar a drenagem linfática manual logo nos primeiros dias de P.O para que não acumule aglomerados de líquidos proteicos e restos celulares que são os causadores da fibrose. Outras técnicas também podem ser feitas precocemente para a prevenção tais como o ultrasom (Manthus OU Heccus),carboxiterapia, radiofrequência, laser, endermologia e manobras suaves de descolamento e mobilização tecidual.

É necessária a avaliação do paciente para indicação do melhor tratamento. Quanto mais rápido o ínicio do tratamento para fibrose mais fácil é de desaparecer as irregularidades, agora, se a fibrose já passa de 3 meses a placa fibrótica fica mais difícil de se soltar do tecido, necessitando tratamentos de maior intensidade e duração.

Um tratamento que vem surtido bastante efeito para a fibrose tardia é a liberação tecidual funcional técnica realizada com massagens (bambuterapia) junto com Ultra-som (Heccus) de 2 a 3x por semana, e a duração do tratamento depende do nível em que a fibrose se encontra. O Heccus em conjunto com a bambuterapia reorganiza essas fibras desordenadas e libera o tecido, diminuindo visualmente as irregularidades e a sensação de placa, como o tecido é "solto", às vezes pode aparecer uma flacidez local que é resolvida facilmente com a Radiofrequência.

Então ao contrário do que se pensa, existe sim tratamento para fibrose e o interessante é procurar logo que surgir os primeiros sinais delas.